Paul Chalus, no prólogo à excelente obra O Aparecimento do Livro, de Lucien Febvre e Henri-Jean Martin, publicada em 1958.
China
O papel teve a sua origem na China, sendo várias as matérias-primas utilizadas no seu fabrico — o bambu, o linho e a palha.
No século II, a China começou a produzir papel para escrita com fibras de cânhamo ou de casca de árvore.
Segundo os registros da "História do Período Posterior da Dinastia Han" do século V, o marquês Tsai Lun (?-125) dos Han do Este (25-220 n.E.) produziu papel a partir de 105 n.E. com casca de árvore, extremidades de cânhamo, farrapos de algodão e redes de pesca rasgadas. O uso do papel vulgarizou-se a partir de então.
Na Península Ibérica começa a produzir-se a partir do século XI, introduzido pelos Muculmanos, tendo-se conhecimento do primeiro documento escrito em papel de Xativa na chancelaria do rei Dinis.
Moínhos de papel
Moinhos de papel, utilizando trapos como matéria-prima e recorrendo aos cursos de água como força motriz, há muito poucos a funcionar em todo o mundo.
O modo de produção: Um pesado martelo, movimentado pela roda movida pela água, pisa a traparia encharcada em água, reduzindo-a a uma pasta a que posteriormente se dá a forma pretendida, misturando-lhe fibras de eucalipto, pinheiro e flores para melhorar a consistência.
Várias são as fases, como a prensagem e a secagem, indispensáveis à elaboração de um produto perfeito para a tipografia.
Evolução na Europa
Sabe-se que na Itália do século XII a força hidráulica começou a ser utilizada para mover os pilões.
A França estabelece seu primeiro moinho de papel em 1338, na localidade de La Pielle.
Em França, o primeiro moinho de papel de que há notícia foi construído em Troyes, no ano de 1348.
Cerca de um século mais tarde instalava-se em Leiria, junto do rio Lis, à ponte dos Caniços, o primeiro moinho em Portugal.
Fonte:http://tipografos.net
Nenhum comentário:
Postar um comentário